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SAPAIRMÃDULCE

Largo do Roma - Cidade Baixa, Salvador - Ba
Ano:2019
Intervenção Urbana
Lambe-lambe 1,50 x 1, 00 m

Em meio às infinitas possibilidades abertas no segundo semestre de 2019 com o SAPAKUIRZ, aconteceu a canonização da Irmã Dulce, que agora seria nomeada Santa Dulce dos Pobres, a primeira freira brasileira a virar santa. Atônito diante do poder da colonialidade, decidi que no dia da sua canonização, 13 de outubro de 2019, também usaria dos poderes da linguagem para renomeá-la como SAPAIRMÃDULCE e observar o que aconteceria com esta simples ação. O que este ato implicaria? Será que também seria capaz de reverberar em outras subjetividades?

CANONIZAÇÃO

Ciente da potência, da força icônica e visibilidade da Irmã Dulce, enquanto um símbolo pop colonial, tinha dimensão de que deslocá-la para pautar seu extremo oposto, a invisibilidade sapatão, parecia uma forma de aproximar extremos aparentemente opostos. Uso o termo “aparentemente” porque, por mais absurdo que seja, é comum a sociedade patriarcal impor a sexualidade até de freiras, na associação delas enquanto sapatão, como forma de marcação ou diferenciação dessas “mulheres” que se recusam a cumprir o papel há elas destinado dentro do cis-tema. Por isso, é importante ter em mente que apenas me apropriei da própria violência colonial para abrir outras possibilidades, outras partilhas de entendimentos sapatão enquanto “continuum lésbico”, de cuidado, amor à proxima, para além da normatividade.

1°MISSA

1 Mil santinhos da SAPAIRMÃDULCE
Ano: 2019
Intervenção urbana

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